Formação de preço para prestadores de serviço: como acertar?
A formação de preço para prestadores de serviço exige ainda muito mais atenção do que no comércio ou na indústria. Como colocar valor numa ideia? Como cobrar pelo conhecimento? Como prever quanto tempo será gasto num projeto antes de começar a trabalhar? São dúvidas que afligem escritórios de arquitetura, coachings e mentores, decoradores de ambientes, paisagistas, desenvolvedores de sites e aplicativos, designers e qualquer profissional que venda um projeto, e não um serviço que se resolve em uma hora, como o conserto de um vazamento ou a instalação de uma cortina.
Nós, da SR Consultoria Financeira, também estamos neste “barco” de profissionais que assumem projetos de longo prazo. Precisamos apresentar um orçamento aos nossos clientes antes de conhecer a extensão do problema. Se não fôssemos especialistas em finanças, cometeríamos os erros comuns na prestação de serviço:
– Chutaríamos o valor para cima, pensando em nos proteger de uma carga demasiada de trabalho, e perderíamos o negócio…
Ou
– … chutaríamos o valor para baixo, para não deixar o cliente escapar, e teríamos prejuízo porque os custos ultrapassariam o lucro.
Você já viveu esses dois cenários, certo? Parece que não há saída, pois seja qual for a decisão, ela será errada. Mas saiba que não precisa ser assim. Nós vamos ensinar como deve ser a formação de preço para prestadores de serviço.
Formação de preço para prestadores de serviço: o que levar em consideração?
Vamos tomar como exemplo um desenvolvedor que constrói aplicativos complexos, com muitas ferramentas, e que precisam ser robustos, porque serão acessados por milhares de usuários em celulares e tablets todos os dias.
O desenvolvedor deve estruturar seus CUSTOS, como o próprio salário e de seus assistentes, as despesas de deslocamento para se encontrar com os clientes, os impostos e o pagamento de fornecedores, ou seja, de parceiros que poderão assumir uma tarefa específica de cada projeto.
A próxima etapa é planejar o fator TEMPO, e para isso o desenvolvedor precisa saber, primeiro, qual é a sua capacidade produtiva, ou seja, quantos aplicativos consegue produzir ao mesmo tempo. Depois, com sua experiência, tem que definir quantas horas serão dedicadas para cada projeto. Assim, obviamente, uma demanda de 10 horas será mais barata do que uma de 20 horas.
Formação de preço para prestadores de serviço: e como fazer este cálculo?
Vamos dar um exemplo bem simples, que pode ser seguido por todos. Claro que de acordo com as características da empresa, é possível elaborar detalhadamente vários cenários de precificação, permitindo que o “vendedor” tenha uma flexibilidade maior na negociação. Clique aqui e fale com nossos especialistas se precisar de uma ajuda nisso.
No exemplo do desenvolvedor, vamos imaginar:
1 – O custo mensal da empresa é R$ 7 mil.
2 – Ele precisa ter uma retirada mensal (salário) de R$ 8 mil.
3 – O ideal é que ainda haja uma lucratividade de 30%, para a empresa aumentar seu capital de giro e ter reservas financeiras.
4 – Somando tudo, a empresa tem que faturar R$ 19.500,00 por mês.
5 – Numa jornada de trabalho de 160 horas mensais (40 por semana, 8 por dia), o custo-hora é de R$ 122,00.
Portanto, é este o número que deve ser levado em consideração. Em tese, um projeto de 20 horas custaria R$ 2.440.00. EM TESE, como veremos a seguir!
Formação de preço para prestadores de serviço: e como vou descobrir a quantidade de horas necessárias?
Este é o grande problema: você não vai descobrir. É impossível acertar com precisão. Mas, com sua experiência, dá para estimar uma média aproximada e começar o orçamento.
Nosso amigo desenvolvedor de aplicativos estimou um projeto de 20 horas. Mas ele já atendeu muitos clientes e sabe que vai fazer, pelo menos, 5 visitas até a empresa que o está contratando para apurar informações, alinhar ideias e apresentar o aplicativo pronto. Essas reuniões costumam levar 2 horas, fora outras 2 horas de deslocamento para ir e voltar.
5 visitas X 2 horas de reunião x 2 horas de trânsito
=
20 horas
O orçamento acaba de dobrar de tamanho. Serão necessárias 20 horas de desenvolvimento e 20 horas de reuniões de alinhamento. Total: R$ 4.880,00.
Esse é o custo verdadeiro, é quando o desenvolvedor precisa cobrar para ser bem remunerado e para não assustar o cliente. Nossa dica é acrescentar ainda uma margem de 20% a 30%, para cobrir a possibilidade de gastar duas ou três horas a mais do que o previsto.
Formação de preço para prestadores de serviço: chame a SR Consultoria Financeira
Prestadores de serviço que cobram errado não sobrevivem no mercado. O custo começa a ser maior do que o lucro. E a pressão de fechar mais negócios para manter a empresa funcionando faz com que os descontos concedidos sejam cada vez maiores. O resultado é muito mais trabalho, porém com um lucro insuficiente ou, pior, inexistente.
Se você tem uma empresa de prestação de serviço e enfrenta esta dificuldade, clique aqui e agende uma conversa com nossos especialistas.
Se não for de São Paulo, tudo bem. Atendemos dezenas de empresas num sistema de consultoria virtual que tem um ótimo custo-benefício para os clientes!