O dinheiro da empresa não pode ser misturado com dinheiro pessoal
Nós conhecemos centenas de empresários que “nunca” receberam um pró-labore. É um drama: o empreendedor faz o sacrifício de não ter um salário e, mesmo assim, o negócio não dá o lucro esperado, não prospera. Quando somos chamados, imediatamente percebemos que o problema é outro. Estão usando o dinheiro da empresa como se fosse dinheiro pessoal. Está tudo misturado.
O dono de um supermercado do bairro de Pinheiros, aqui em São Paulo, estava espantando com a situação. Não retirava um pró-labore e, mesmo assim, nunca havia dinheiro sobrando no caixa. Ficamos um mês observando e anotando todos os seus hábitos de gestão. Percebemos que ele pagava a escola da filha, almoços com a família, despesas de casa e até fazia jogos na lotérica com dinheiro da empresa.
Em 30 dias, retirou R$ 9.412,37 centavos do mercado, sendo que o faturamento mensal era de aproximadamente R$ 25 mil. Ou seja, na realidade, ele tinha um salário equivalente a 37% de todo o volume de recursos que entrava na empresa. Pense no sorriso amarelo que ele deu quando tomou conhecimento destes números!
Dinheiro da empresa só pode ir para os sócios em pró-labore e dividendos!
O caso acima foi de desconhecimento mesmo. Não era má-fé, longe disso. É um erro muito comum em micro e pequenas empresas. Outra situação típica é “deixar dinheiro” em caixa. A SR Consultoria Financeira já atendeu inúmeros empresários com o mesmo dilema: a documentação diz que o caixa está cheio, robusto, mas não há nada no cofre. O que aconteceu com o dinheiro da empresa?
Quando chegamos num cliente e os papéis dizem que o caixa está alto, já sabemos imediatamente que há um problema e qual é sua origem. É o seguinte: os sócios vão pegando dinheiro para pagar suas despesas pessoais. E o contador, na impossibilidade de lançar as saídas de capital como pró-labore ou dividendos, opta pela estratégia de registrar a operação como dinheiro em caixa. Como se ele estivesse disponível fisicamente dentro da empresa para servir de troco aos clientes ou arcar com gastos inesperados. Resumindo, contabilmente, o valor está no caixa, mas fisicamente ele não existe, porque os sócios já o utilizaram há muito tempo!
O caso mais recente que atendemos foi uma loja de materiais de construção de Salvador, com R$ 80 mil “em caixa” e zero notas e moedas. O contador não podia lançar dividendos, porque o negócio ainda estava em fase pré-operacional, ou seja, não lucrava. E não podia lançar como pró-labore, já que não houve recolhimento do INSS, porque os dois sócios usaram o dinheiro da empresa para gastos pessoais. Esse descompasso deixa as finanças totalmente confusas, atrasa – e até impede – o sucesso do empreendimento e pode, no futuro, trazer problemas legais com os órgãos fiscalizadores.
5 dicas para nunca usar o dinheiro da empresa em gastos pessoais!
Reunimos todos os especialistas da SR Consultoria Financeira e, juntos, elaboramos algumas dicas para você jamais misturar dinheiro da empresa com dinheiro pessoal. Leia e siga para não ter problemas!
1 – CONTAS BANCÁRIAS: tenha uma conta física e uma jurídica. Isso pode até parecer óbvio, porém muitos empresários têm uma única conta, com um só cartão, e misturam todas as despesas. Não cometa este erro básico.
2 – EMPRÉSTIMOS: não empreste o seu dinheiro para suprir responsabilidades da empresa. Se o negócio está sem dinheiro em caixa, paciência. Reduza os pedidos, negocie um adiamento com fornecedores, faça uma promoção para obter recursos. Mas não empreste seu dinheiro. E vice-versa! Se você está com problemas financeiros, não pegue capital da empresa. Converse com o gerente do seu banco, peça ajuda a um amigo ou sócio, venda seu carro. Não faça um empréstimo da empresa para a sua conta física.
3 – PRÓ-LABORE: tenha um salário. Calcule quais são suas despesas pessoais e estabeleça um valor capaz de honrá-las, tendo o cuidado de deixar uma sobra para gastos imprevistos. Por exemplo: se são necessários R$ 5 mil mensais, retire R$ 6 mil (20% a mais). A partir daí, por pelo menos um ano, este será seu salário. Mesmo que a empresa tenha um mês excepcional e fature o triplo, você não aumentará seu pró-labore. Quem depende de cliente, nunca sabe o futuro. O dinheiro que sobra hoje pode faltar amanhã!
4 – ESPERE A GALINHA COLOCAR O OVO: é isso mesmo, tenha paciência. Não invista na ampliação da empresa, ou na contratação de funcionários, ou em campanhas de marketing, contando com um “dinheiro certo”, algo que ainda está por vir num negócio muito bem encaminhado. O cliente ainda não assinou o contrato? O pagamento ainda não foi feito? Então não existe dinheiro. A galinha não colocou o ovo. Você só pode marcar o gol depois que receber o passe. Se a bola ainda não estiver nos seus pés, vai acabar chutando o ar e caindo. Detalhe: há empresários que não se levantam depois de um tombo desses. Nunca gaste o que ainda não possui!
5 – OUÇA OS ESPECIALISTAS: existem vários cursos que ensinam práticas de gestão, como os oferecidos em todo o Brasil pelo Sebrae. Um empreendedor de sucesso sempre ouve especialistas . Compreende que é preciso ter apoio de profissionais qualificados em todas as áreas. A SR Consultoria pode organizar as finanças da sua empresa e implantar modernas estratégias de administração.
Fale agora mesmo com nossos especialistas e marque uma conversa. Você pode contar conosco para ter uma empresa sólida e lucrativa hoje e sempre!