Como fazer o Canvas? Um guia definitivo para o seu negócio!
É raro encontrar um empreendedor que nunca tenha ouvido falar nesta metodologia de gestão. Mais raro ainda é conhecer alguém que saiba como fazer o Canvas. Ou seja, a popularidade não tem se traduzido em eficácia para os negócios. Neste artigo, os especialistas da SR Consultoria Financeira vão explicar o conceito, abordar os detalhes, mostrar como fazer o Canvas e, melhor de tudo, dar um exemplo prático. Você vai ver o modelo sendo usado por uma dona de casa que decidiu produzir brigadeiros para festas. Isso demonstra que planejamento estratégico é um recurso fundamental até para as menores empresas.
O que é o Canvas?
Antes de mostrar como fazer o Canvas, é necessário voltar um pouquinho no tempo para explicar como ele nasceu. Canvas é, na verdade, um apelido para Business Model Generation. A metodologia foi inventada pelo suíço Alex Osterwalder, no começo dos anos 2000, e fez parte de sua tese de doutorado na HEC Lausanne. Seu parceiro na criação do Canvas foi o cientista de computação belga Yves Pigneur.
A ideia é que os 9 elementos-chave de uma empresa fiquem expostos numa única folha, ou num quadro na parede. Assim, as decisões são simplificadas e agilizadas, e todos têm uma radiografia do momento atual do negócio e do que vem pela frente, em curto, médio e longo prazo.
Quem usa o Canvas?
Este esquema visual é usado por grandes companhias do mundo inteiro, como IBM, Ericsson, Intel e Xerox. A Nasa, agência espacial norte-americana, planeja seus projetos a partir do Canvas. É possível encontrar este esquema visual na parede de milhares de micro e pequenas empresas de todos os cantos do planeta.
O que exatamente o Canvas mostra?
Calma! Já vamos responder sua dúvida sobre como fazer o Canvas. Primeiro, veja este quadro:
O Canvas abrange as 4 principais áreas de qualquer empresa, seja ela minúscula ou uma multinacional: clientes, oferta, infraestrutura e viabilidade financeira. Estas 4 divisões são compostas por 9 elementos: parcerias principais, atividades principais, recursos principais, proposta de valor, relacionamento com clientes, segmento de clientes, canais, estrutura de custo e fontes de receita.
Basta olhar para o quadro para fazer um diagnóstico do negócio, entender se os blocos estão relacionados, se são complementares, se falta algo. Geralmente, gestores e colaboradores usam post-its coloridos para ir preenchendo o Canvas com respostas.
Qual é a importância dos 9 elementos?
Agora chegou o momento de você entender o objetivo de cada um dos 9 elementos. Veja que tipo de informações cada um deles deve concentrar.
Segmento de clientes: é o público-alvo da empresa. Os grupos de pessoas ou organizações que ela pretende atingir e fechar negócios. Para quem sua companhia está criando valor? Quais são os consumidores mais importantes?
Proposta de valor: é o que fará os clientes escolherem a sua empresa e não um concorrente. Qual valor seu negócio oferece? O que tem de exclusivo? Como você resolve o problema dos consumidores? Seus diferenciais estão na inovação, no design, na marca, no preço, na personalização?
Canais: como você comunica sua proposta de valor aos clientes? Usando meios de comunicação, como redes sociais? Ou de distribuição, como os Correios? Talvez por meio de canais de venda, como site e telefone? Você precisa definir como alcançará os consumidores, como fará que eles descubram que a sua empresa existe e tem a solução para os problemas deles.
Relacionamento com clientes: é preciso definir os tipos de relação que a empresa terá com cada um dos seus segmentos de clientes. Ela pode ser pessoal (baseada na interação humana), self-service (o consumidor se serve sozinho) ou automatizada (o cliente escolhe usando mecanismos programados).
Self-service, que fique claro, não é só alimentação. Uma loja em que o cliente seleciona as roupas, experimenta e se dirige ao caixa, como a Renner ou a Riachuelo, é um self-service. E como exemplo de relacionamento automatizado, temos as lojas online, ou os caixas eletrônicos de banco, ou os guichês para comprar ingressos no cinema do shopping.
Fontes de receita: é descrever de onde virá o dinheiro e quais serão os meios utilizados. Estabelecer quais valores os clientes estão dispostos a desembolsar e como farão os pagamentos (dinheiro, cheque, cartão, moeda virtual).
Recursos principais: no ramo industrial, o principal recurso é o maquinário. No segmento de prestação de serviços, são as pessoas. Os recursos também podem ser intelectuais (marcas, patentes e registros) ou financeiro (dinheiro e linhas de crédito). Você deve detalhar a infraestrutura necessária para criar e entregar o que promete aos clientes.
Atividades principais: é a área em que você atua, o serviço que oferece, o produto que fabrica. É o que você colocará à disposição do mercado.
Parcerias principais: é a descrição da rede de fornecedores e parceiros indispensáveis para o sucesso da empresa. De onde vem a matéria-prima? Quais etapas podem ser terceirizadas e quem poderá assumi-las? Existe uma associação ou sindicato em que você possa encontrar empresários do mesmo ramo e trocar informações, compartilhar conhecimento?
Estrutura de custo: são os custos fixos e variáveis existentes na empresa. Insumos, salários, comissões, aluguel, manutenção, despesas com fornecedores.
Como fazer o Canvas: brigadeiros caseiros!
Pronto! Demorou um pouquinho, mas chegamos ao exemplo. Não poderíamos mostrar esse caso sem que, antes, você compreendesse a função de cada item do modelo Canvas.
Tereza é dona de casa. Seus dois filhos já são adolescentes e não precisam mais de tantos cuidados. Agora, ela possui tempo livre e quer montar uma empresa que vai funcionar na sua própria residência. Doceira de mão cheia, decidiu produzir brigadeiros. O que ela precisa? Para quem vai vender? Como vai vender? E por quanto? O Canvas ajuda a definir as respostas.
Veja o quadro que a Tereza montou para seu negócio, a Terê Brigadoces!
Como fazer o Canvas: planejamento empresarial!
A SR Consultoria Financeira oferece um serviço de planejamento empresarial, e uma das atividades é criar o Canvas da empresa. Ao adotar este modelo, por menor que seja o empreendimento, você terá uma previsão de custos e de entrada de receitas. E se, ao fim de cada mês, os resultados não forem alcançados, será possível detectar os motivos, mudar estratégias, rever toda a rotina empresarial. Se você precisa de ajuda, fale conosco agora mesmo!