3 dicas para fazer uma boa precificação de seus produtos e serviços

Um dos maiores desafios enfrentados por empreendedores que estão iniciando um novo negócio é a precificação de produtos e serviços, ou seja, como calcular os preços que serão oferecidos aos clientes. Toda composição de preço deve considerar os seguintes fatores: custo, concorrência, consumidor e valor agregado.

Hoje, existem diversas formas de se estipular quanto uma marca cobrará por seus produtos ou serviços, porém, neste post, abordaremos as 3 principais. Vejamos a seguir quais são elas, bem como suas características. Boa leitura!

1. Precificação baseada em custos

Definir o custo de um produto tangível, ou seja, um bem físico, é simples, comparado aos demais tipos de precificação. Por exemplo, se você produz e vende sapatos, é preciso incluir custos como materiais de confecção (couro, linha, cola, palmilhas, acessórios), embalagens e taxas de envio. Também devem ser incluídos custos que não estão diretamente ligados à produção do seu produto, como aluguel, seguros, energia e compra de equipamentos.

Agora, se você oferece serviços, pode ser um pouco mais difícil definir os seus custos, pois é necessário precificar o seu tempo, conhecimento e qualificações.

Para serviços, existem dois custos que devem ser calculados:

1. O preço do tempo (ex.: se um serviço consome 3 horas para ser entregue e o seu preço for R$100,00 a hora, o valor cobrado deve ser R$300,00).

2. O custo dos suprimentos utilizados.

A partir do momento que você tiver o custo-base do seu produto ou serviço, você obterá o seu ponto de equilíbrio. Que nada mais é que o faturamento mínimo para cobrir os custos fixos e variáveis.

2. Precificação baseada na concorrência

Esse tipo de precificação é totalmente baseado em pesquisas de mercado nas quais são avaliados produtos similares e qual o preço final dos produtos e serviços, ou seja, quanto o mercado está disposto a pagar.

Aqui, você deverá se atentar ao fato de que, mesmo com itens similares, os processos produtivos podem ser distintos, o que pode levar a uma noção errada de quanto uma determinada mercadoria deve custar. Desta maneira, ela pode ficar com um valor muito abaixo do custo de produção.

3. Precificação baseada no público-alvo

Bom, você já descobriu o seu ponto de equilíbrio e também identificou onde quer que seu preço se posicione em relação à concorrência. Porém, o que é preciso descobrir ainda é quanto os seus produtos ou serviços valem para o seu público-alvo. Existem 3 estratégias para isso:

3.1 Veja quanto seus concorrentes estão cobrando por um produto ou serviço que se compare ao seu

Por exemplo, se seus concorrentes estão pedindo cerca de R$ 400,00, pelos produtos deles, isto te dará uma boa noção de quanto você deve cobrar. Aqui, você pode levantar as características e a qualidade da sua mercadoria para definir se é possível pedir mais ou menos do que eles.

3.2 Realize pesquisas com seu público

Envie para eles uma pesquisa simples e intuitiva para obter o feedback sobre o que você oferece. Realize perguntas como: Você deseja comprar esse produto agora ou no futuro? Você acha que o valor que pedimos é justo pela utilidade que ele oferece? Você tem alguma crítica ou sugestão sobre o produto em questão?

3.3 Determine o que os seus clientes em potencial e atuais estavam dispostos a pagar no passado

Caso você já tenha oferecido produtos parecidos anteriormente, certamente terá uma boa base para agir.

Por exemplo, suponhamos que você tenha oferecido dois serviços distintos no passado, cada um com um valor diferente. O serviço de R$ 350,00 foi um sucesso e 40 clientes contrataram, atingindo uma receita total de R$ 14.000,00. Já o serviço de R$ 600,00 foi um pouco mais difícil de vender e você só conseguiu fechar negócio com 30 clientes, porém a receita total foi de RS 18.000,00. Ou seja, você conseguiu faturar mais com o serviço mais caro do que com o serviço mais popular.

Esse tipo de comparação te dá uma boa noção de qual preço faz mais sentido para o seu empreendimento.

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